Como dezembro e janeiro, tão pertos e tão distantes..
Como as manhãs mornas de dezembro e as tardes chuvosas de janeiro
Me sinto tão distânte de vocÊ
Os desenhos no vidro embaçado, já são tão visíveis como meus sentimentos
Acabei soprando enquanto me banhava deixando escorrer pelas águas
Senti um ar estranho, talvez sua presença, algo diferente, já nem sei se meus nobres desenhos se realizarão
Então porque você foi embora? Se foi e ainda deixou a porta aberta
Ficou claro que até o ar gelado e severo lá fora era mais companheiro que eu,
Mas ainda assim, deixo-a aberta
Carregar esses ares pesados, noites claras
Odeio te amar.
AURI FREIRE & Eder Souza*